Às vezes, mas só às vezes, consigo trepar os caules da roseira sem me picar nos espinhos. Ao de leve, pé ante pé, cuidadosamente, com lentidão, escalo até às pétalas, sonhando que na minha chegada me esperará um pólen branco com cheiro a lavanda, não amarelo nem alaranjado, mas branco e pacífico.
Sendo a vida feita de sonhos, sei por certo que não escalo roseiras. Sei por certo que me pico. Sei por certo que não me espera o pólen branco. Sei por certo que este não cheira a lavanda. Sei por certo que não é pacífico.
Mas por favor, deixem-me imaginar. Sonhar. Que a Natureza me dá mais do que possa sentir ou ver. Que a minha vida não se resume apenas aos 5 sentidos. Que a beleza que vejo no escuro das minhas pálpebras fechadas existe aqui dentro ... no coração. Ou apenas no pensamento.
Adoro tudo o q escreves! :)
ResponderEliminarContinua assim. Vives no abstracto (e eu adoro isso!) e escreves muito bem, meu doce. Aproveita esse talento. Nunca te esqueças que és única ;)
Obrigada por tudo,
Jessica.
pra mim serás sempre
ResponderEliminaraquela flor...
Ao de leve
pé ante pé
cuidadosamente com lentidão
escalo até às pétalas sonhando
que na minha chegada me esperará
um pólen branco com cheiro a lavanda
não amarelo nem alaranjado
mas branco e pacífico.
Adorei o que escreveste, a sério.
ResponderEliminarVou cá voltar de certeza.
Beijinho.
OOH! O.o
ResponderEliminarTão poético, tão lindo!
Ide para letras, ide, e partlhai o que bem sabes fazer! :D