domingo, 3 de janeiro de 2010

Mundo

A perda é como um buraquinho. Vazio, vai-se enchendo de água derramada por nuvens chorosas, que lançam as suas lamúrias incontinentemente. Por vezes lágrimas demais e sem sentido, coladas como lapas às puras, aumentando o caudal da poça e empurrando gotas escondidas. O seu trajecto vai sendo rotativo, colocando a hipótese do buraquinho transbordar.

Mas há mundos com sol. Mundos em que o sol se esquiva por entre esconderijos secretos, iluminando levemente e com medo os buraquinhos transbordados, secando as lágrimas tristes e as gotas escondidas e magoadas.

O pior é quando o nosso mundo não tem sol. E o nosso buraquinho transborda sem cessar.

3 comentários:

  1. obrigada pelo link :) gosto desde blog ^^
    beijinho.

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  2. Olá Marta :)

    Sabes que é tudo uma questão de tempo. De distancia e perspectiva.
    Não digo que todos nós não sofremos num momento ou outro, mas o importante é perceber o porquê desse sofrimento.
    Quem não sofreu já com o fim de uma relação e depois quando encontra outra pessoas compreende que tinha mesmo de ser assim

    Acredita no futuro é lá que reside a felicidade e é de lá que ela pode vir.
    O sol acaba sempre por aparecer, mesmo apesar das nuvens de hoje.

    Beijinho

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  3. o nosso mundo até pode não ter ser sol, mas que ele existe, existe! nao podemos ficar á espera que ele apareca, tambem temos de o procurar e aí ele irá secar as nossas tristes lágrimas.
    cada vez adoro mais o que escreves, beijinhos

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