Avançei saltitando levemente as pernas, batendo os meus pés descalços no areal ribanceiro. Demonstrava uma leveza e liberdade, tanto corporal como de pensamento, guardando internamente o sujo segredo de que não a possuo. A minha mente nunca será livre de fantasmas e vozes de tormento.
Desci a escadaria de velha madeira, inundada nos cantos por plantas invasoras. Contemplei a secura dos seus ramos, as bagas brancas que tanto comia em pequena, tão ácidas e suculentas. Quis tirar algumas e voltar a sentir aquele sabor mas preferi guardá-lo na mente a comer de novo tais pequenos pecados, que certamente transportar-me-iam a uma viagem no tempo à qual seria difícil um regresso pouco atribulado.
Lembrando-me de velhos naufrágios, em que pedaços de madeira comidos pelo mar, deteriorados e inchados vêm dar á costa, deparei-me com um banco feito desses mesmos vestígios navegantes. Sentei-me e apreciei o pôr-do-sol laranja que me presenteava, descendo muito rápido no horizonte marítimo. Respirei fundo, fechei os olhos por breves instantes, sentido o cheiro a maresia e o roncar de ondas prodigiosas que cantavam afinadamente velhas canções de sereias apaixonadas. Quando os abri novamente, o sol tinha fugido e deixado para trás o seu rasto cor-de-rosa e branco. Aí toda a natureza se calou. Alguns olharam para cima, outros esconderam-se, ficando desta vez esperando o luar e as milhares de estrelas que inundam aquele céu todas as noites, até em noites de tempestade.
Levantei-me e fugi. O escuro faz de mim uma pessoa medrosa, temendo ser engolida por todos os gritos nocturnos que abordam as trevas naturais que são a noite.
Desci a escadaria de velha madeira, inundada nos cantos por plantas invasoras. Contemplei a secura dos seus ramos, as bagas brancas que tanto comia em pequena, tão ácidas e suculentas. Quis tirar algumas e voltar a sentir aquele sabor mas preferi guardá-lo na mente a comer de novo tais pequenos pecados, que certamente transportar-me-iam a uma viagem no tempo à qual seria difícil um regresso pouco atribulado.
Lembrando-me de velhos naufrágios, em que pedaços de madeira comidos pelo mar, deteriorados e inchados vêm dar á costa, deparei-me com um banco feito desses mesmos vestígios navegantes. Sentei-me e apreciei o pôr-do-sol laranja que me presenteava, descendo muito rápido no horizonte marítimo. Respirei fundo, fechei os olhos por breves instantes, sentido o cheiro a maresia e o roncar de ondas prodigiosas que cantavam afinadamente velhas canções de sereias apaixonadas. Quando os abri novamente, o sol tinha fugido e deixado para trás o seu rasto cor-de-rosa e branco. Aí toda a natureza se calou. Alguns olharam para cima, outros esconderam-se, ficando desta vez esperando o luar e as milhares de estrelas que inundam aquele céu todas as noites, até em noites de tempestade.
Levantei-me e fugi. O escuro faz de mim uma pessoa medrosa, temendo ser engolida por todos os gritos nocturnos que abordam as trevas naturais que são a noite.
Calma, tudo tem uma explicação! Nós fomos ver o Brüno, esse magnífico filme, então as hormonas devem ter ficado aos saltos e cometemos aquela loucura...
ResponderEliminarNão sabia que também blogavas! Vou acompanhar o blog. Comentei aqui porque achei o texto particularmente bonito e acho que te revejo bastante no que escreves, continua!