terça-feira, 20 de julho de 2010

A tragédia de uma petição musical

Ao contrário do costume, hoje vou tornar o meu blog estúpido num diário ainda mais estúpido.
Saí de casa numa tarde abrasadora, com uma melódica na mala e um vestido deveras quente para que pudesse percorrer uns bons minutos bem molhadinha (obrigada sol). Chegada à casa da fantástica Leonor, já ela estava de acordeão às costas. Treinámos uns minutos no seu quarto, com o apoio da guitarra clássica e da percussão por parte de dois amigos, mas acabámos por ir ambas sozinhas (para onde? perguntam agora vocês)! Para o túnel da baixa albufeirense tocar e pedir dinheiro (estamos mesmo pobres). E pronto, vão a Marta e a Leonor de chapéu com um acordeão, uma melódica e duas maracas tocar para um canto. As pessoas passavam, ignoravam-nos ou riam-se de nós, e assim foi durante uns minutos em que não recebemos nem uma moedinha para uma garrafinha de água fresca.
Desistimos da nossa carreira musical e fomos passear com os nossos intrumentos em busca de um local melhor e mais lucrativo. E é aí que passamos em frente a um dos (imensos) bares para turistas e um senhor nos chama. Nós lá entrámos, meio anhadas, e fomos dirigidas a uma esplanada onde já se encontrava um marroquino a tocar um acordeão velho e a cair aos bocados. Fomos pagas com duas cervejas e a nossa função seria fazer um trio com o senhor marroquino (ou iraquiano, ou lá o que for). Quando a Leonor começa a tocar a sua música no acordeão (http://www.myspace.com/leonorrcabrita), era suposto o senhor acompanhá-la, mas ele decidiu tocar duas teclas graves repetidamente de forma a anular completamente a música da Leonor e de forma a presentearmos os nossos espectadores com uma autêntica poluição sonora (enquanto eu, com uma cara surpreendida e de telemóvel na mão tocava maracas sem ritmo nenhum). Uns espanhóis refilaram a dizer "los dos no! los dos no!" com uma cara muito desagradável e fomos basicamente expulsas pelo desprezo que nos impingiram (claro que nem vou comentar o nosso trio de melódica e dois acordeões em que cada um tocava notas que não encaixavam com nada).


Conclusão da história: recebemos o nosso primeiro ordenado de pedintes (duas cervejas que souberam a deuses) e recebemos o primeiro ataque de tomates telepáticos.

Gracias, gracias, pero nosotras siempre vuelvemos.

(A tarde foi portanto terminada a fazer uma música em que eu sou uma batata de uma sopa. E agora deixo ao critério de cada um o tipo de sopa.)

2 comentários:

  1. mas que bela tarde! sim senhora. de um ponto de vista geral, até que correu bem. adoro espíritos lívres como o teu e como é de certeza o da Leonor.
    Nunca mudes :) e deejo-vos mesmo muito boa sorte para os próximos dias :D

    Beijinhos!

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  2. ensaiar um pequeno reportório

    e não deveria ser assim tão mau
    cerveja em troca

    e ataque telepático
    há há há
    essa foi boa...

    beijinhos e feliz fim de semana *_*

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